domingo, 21 de novembro de 2010

HOMENAGEM: HENRI DELUY (FRANÇA)*




Foto: Bandeira da França



A PAISAGEM

HENRI DELUY (FRANÇA)




Le paysage tout entier se trouvair pris
Entre la mer au loin et la mer prochaine.
Tu parlais de la solitude comme d'une personne.
Et ce que tu disais formait un bloc,
Debout, près de la porte.



A paisagem inteira se encontrava presa
Entre aquele mar longe e este mar perto
Falavas da solidão como de uma pessoa.
E aquilo que dizias formava um bloco.
De pé, junto da porta.

(Tradução: Mário Laranjeiras )







A PAISAGEM

HENRI DELUY (FRANÇA)


Uma névoa azul deixa atrás de si
Um alento frio. Um dos assentos
Não está em seu lugar. A mesa perto da porta
Reteve um avesso de cortina. Quando
O mar se retirava as nuvens desapareciam
A paisagem estava mais além das árvores
Já não sabemos o que fora
Profundamente modificado
Com que bloco era necessário
Defender-se

Nesse clima que vem das palavras.




(Tradução Vanda Lúcia da Costa Salles)


*O poeta Henry Deluy (1931) que está entre os que iniciam sua produção poética depois de 1960, representa, segundo o professor Mário Laranjeira, "... os esforços e as tentações que vêm atravessando Henri Deluy nasceu em Marselha em 1931 e vive entre Ivry-sur-Seine (subúrbio de Paris) e Marselha. É um dos principais poetas franceses vivos. Dirige a revista Action poètique, a principal da França, que fundou em 1954. Fez vários trabalhos em parceria com Jacques Roubaud, outro dos grandes poetas franceses da atualidade. Segundo Mário Laranjeira, Deluy luta contra "as velharias poéticas francesas e internacionais e se caracteriza pela busca do contemporâneo". É filiado ao Partido Comunista francês. E um grande cozinheiro também -- fato que revela, sempre, e com orgulho.
publicou: For intériur (1962), L' amor privé (1963), Marseille, Capitale Ivry (1977), Táimer (1979), Peinture pour Raquel (1984), La substitution (1984), Première version la bouche (1984), Ving-quatre heures d'amour en juillet, puis en aoút (1987), Le temps longtemps (1990), Premières suites (1991), La répetition autrement la difference (1992) y L'amour charnel (1994).

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