sábado, 17 de julho de 2010

BELEZA, SOLIDARIEDADE E VIDA: NIKI DE SAINT PHALLE*

"Quanto a mim, eu me mostraria. Mostrando tudo. Meu coração, minhas emoções. Verde-vermelho-amarelo-azul-violeta. Ódio, amor, riso, medo, ternura...” Niki de Saint Phalle.





Foto: Niki de Saint Phalle



Foto: Poster





Foto: Niki de Saint Phalle





Foto: Vive L'amour




Foto: Naná (Hannover-Alemanha)-




Foto: A Grande Temperança (19




Foto: A Força(1982)-

Catherine Marie-Agnés Fal de Saint Phalle, conhecida como Niki de Saint Phalle (nasceu em 29 de outubro de 1930, em Neuilly-sur-Seine, na França,e faleceu em 22 de maio de 2002, em Sam Diego, na Califórnia, Estados Unidos*)- segunda dos cinco filhos de Jeanne Jacqueline Harper e André Marie Fal de Saint Phalle.
Escultora, pintora, arquiteta amadora, modelo fotográfico, atriz, teatróloga, cenógrafa, estilista e designer.
Aos 11 anos sofre abuso sexual pelo pai, o que a traumatiza, gerando acentuada depressão.

Começou a pintar nos anos 50,precisamente em 1953, após internamento em Nice onde é tratada com terapia da pintura para recuperar-se de uma forte depressão, abandona os projetos teatrais e decide se tornar artista plástica.

Assemblages, quadros-alvos e Nanás revelam que nenhum algoz silenciará uma mulher: o universo da artista inclui materiais diversos, tais como: madeira, fibra de vidro e de algodão, gesso, tela de arame, poliéster, chumbo, entre outros. Suas obras impactantes revelam a sutileza pela ironia e humor, pontuadas por um alegre colorido marcadas por expressivas e apoteóticas figuras femininas, redondas e generosas usando a técnica do papel machê, lã e fibra de algodão(1965), cria as primeiras Nanás ( em francês, moças), esculturas que lhe deram fama. As Nanás são grandes bonecas que representam o universo feminino..


- Após sua primeira exposição em St.Gallen em 1956, ela descobre a escultura ao encontrar Jean Tinguely com quem se casa em 1971.

“Foi na Suécia, em 1966, que Saint Phalle realizou a sua Nana mais impressionante. Hon, construída em parceria com Jean Tinguely e o escultor sueco Per Olof Ultvedt, tinha 27 metros de comprimento e se apresentava em posição de parto. A porta, sua enorme vulva, ficava aberta para quem quisesse se aventurar. Dentro, hostess introduziam os três andares com direito a bar, planetário, terraço panorâmico, carrossel, cinema, túnel do amor e cabine telefônica.

Hon foi certamente o maior dos espetáculos dos Novos Realistas. A idéia de entrar dentro da obra – e que idéia incrível, exigir do espectador o caminho inverso da vida para encontrar dentro da figura feminina um mundo maravilhoso –, ressaltava um dos pontos fundamentais do grupo francês: oferecer um espetáculo, mas exigir a participação ativa e decisiva do espectador. Por sinal, naquela década, o entrar na obra, literal ou não, se tornou questão de vida ou morte. E saber se relacionar com o espetáculo também.

Em 1990 produz um desenho animado, adaptado de seu livro “Não se pega AIDS segurando as mãos”, que é projetado no Museu de Artes Decorativas de Paris.









Foto: Vênus Negra (1967)-Técnica: Papel Machê, gesso e tecido





Foto: Sem Título (1964)-Técnica: Emplastro, pintura, plástico e madeira




Foto: Figura Disparando(1961)-Técnica: Emplastro



Fontes:
http://freakiumemeio.wordpress.com/2010/05/10/power-to-the-nanas/
http://www.lunaeamigos.com.br/cultura/niki.htm
* em conseqüência de doença pulmonar provocada pelos gases tóxicos produzidos na fabricação de suas famosas figuras de poliéster.
Em agosto de 1991 morre Jean Tinguely, vítima da AIDS.

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