quarta-feira, 6 de outubro de 2010
HOMENAGEM: MARIO LÚCIO (CABO VERDE)*
Foto: Bandeira de Cabo Verde
Foto: Mario Lúcio (Cabo Verde)
AUTOBIOGRAFIA
MARIO LÚCIO – CABO VERDE
Desde que nasci
sonho todos os dias com a morte,
Mas, confesso,
a morte não é o meu sonho.
* MARIO LÚCIO MATIAS DE SOUZA MENDES ou Mario Lúcio : nasceu no dia 21 de outubro de 1964, na vila do Tarrafal de Santiago, Cabo Verde. É licenciado em Direito.Mário Lúcio Sousa já tem várias obras publicadas. Entre elas estão Nascimento de Um Mundo (poesia, 1991); Sob os Signos da Luz (poesia, 1992), Para Nunca Mais Falarmos de Amor (poesia, 1999), Os Trinta Dias do Homem mais Pobre do Mundo (Ficção, 2000 – prémio do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, 1ª edição), Adão e As Sete Pretas de Fuligem (teatro, 2001),O Novíssimo Testamento(2010),foi a obra vencedora da segunda edição do concurso promovido pela Câmara Municipal de Cantanhede para estimular a criação literária e, simultaneamente, homenagear um dos grandes vultos da literatura portuguesa do século XX.
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Lúcio Matias de Sousa Mendes
De acordo com o site oficial do autor, www.mariolucio.com:
“Lúcio Matias de Sousa Mendes, mais conhecido pelo nome artístico de Mário Lúcio Sousa nasceu no Tarrafal, na Ilha de Santiago, Cabo Verde, em 21 de Outubro de 1964. Ali fez os estudos primários. Ficou órfão de pai aos 12 anos, e de mãe, juntamente com os seus sete irmãos, aos quinze anos. Aos doze anos, foi adoptado como pupilo pelas Forças Armadas, e passou a viver como interno no quartel, antigo Campo de Concentração do Tarrafal, sob a tutela do Estado-maior. Prosseguiu os seus estudos secundários no Tarrafal.
Obteve uma bolsa de estudos do Estado para ingressar no Liceu na cidade da Praia. Durante esse percurso destacou-se como aluno brilhante, activista cultural, jornalista e músico. Em 1984 obteve uma bolsa de estudo do Governo Cubano para estudar Direito na Universidade de Havana, onde se licenciou em 1990.
Regressou a Cabo Verde e exerceu a profissão de Advogado independente.
Foi Deputado do Parlamento Caboverdeano entre 1996 e 2001.
Foi Assessor do Ministro da Cultura (1992).Foi constituído em 2002 Embaixador Cultural pelo Governo de Cabo Verde, passando a ter estatuto de diplomata. Foi condecorado pelo Presidente da República em 2006 com a Ordem do Vulcão, ao lado de Cesária Évora, sendo ele o artista mais novo a receber tal distinção.
Música
Fundador e líder do grupo musical Simentera, que marcou a viragem da música de Cabo Verde para o acústico e reivindicou a cultura continental africana como elemento da identidade cultural caboverdeana. As suas concepções valeram-lhe o convite do Governo caboverdeano para ser Assessor do Comissariado para a Expo/92 e Autor do Projecto musical de Cabo Verde para a Expo Sevilha 92 e Lisboa 98.
Multi-instrumentista e arranjista de vários álbuns de solistas caboverdeanos. Fundador e Director da Associação Cultural Quintal da Música, cujo Centro Cultural Privado trabalha na valorização da música tradicional e no acesso das crianças à aprendizagem e à promoção dos seus talentos.
Compositor, membro da SACEM (Societé française des Droits d’auteur), com temas gravados por Cesária Évora e outros artistas caboverdeanos. É compositor permanente da companhia Raiz di Polon, a única formação de dança contemporânea do Arquipélago. Compôs a banda sonora para a peça de Teatro “Adão e as Sete Pretas de Fuligem”, de que é também autor, encomendado pelo Porto Capital Europeia da Cultura, encenado por João Branco. Fundador do Fesquintal de Jazz, Festival Internacional de Jazz de Cabo Verde. Já fez concertos nos Estados Unidos, Brasil, França, Alemanha, Suécia, Finlândia, Noruega, Austria, Senegal, Ghana, Mali, Mauritânia, Portugal, Suiça, Eslovénia, Grécia, Espanha, Luxemburgo, Bélgica, Itália, Roménia, Inglaterra, China e outros.
Gravou recentemente em França (Com o Grupo Simentera) o CD Tr’adictional, seu projecto musical sobre a mestiçagem e que conta com a participação do camaronês Manu Dibango, dos senegaleses Touré Kunda, do brasileiro Paulinho Da Viola, e dos portugueses Maria João e Mário Laginha.
Estudioso das músicas tradicionais, entre elas a música vocal dos Rabelados. Em 2004 gravou o seu primeiro disco a solo intitulado “Mar e Luz”, que conta com a participação de Gilberto Gil, Leo Gandelman, Luís Represas e Mayra Andrade. Em 2006 lanço o seu disco live Ao Vivo e aos Outros.
Literatura
É autor das seguintes obras: Nascimento de Um Mundo (poesia, 1990); Sob os Signos da Luz (poesia, 1992), Para Nunca Mais Falarmos de Amor (poesia, 1999), Os Trinta Dias do Homem mais Pobre do Mundo (Ficção, 2000 – prémio do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, 1ª edição), Adão e As Sete Pretas de Fuligem (teatro, 2001), Vidas Paralelas (romance, 2004). É também autor de diversas peças de teatro encenadas em Cabo Verde e no estrangeiro.
Pintura
Pertence ao movimento da nova geração de pintores. Tem várias exposições no país e no estrangeiro.”
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Por Vanda Lúcia da Costa Salles
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