sexta-feira, 25 de junho de 2010
POESIA: ORIGENS, VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES
Cavo
o timo timoneiro nas entranhas espiral
das ruas metrópolis periféricas de um crânio
estupefato no lapso
e gelo a história contada
e na fenda do muro
instalo o ciclete mastigado
que o adolescente mais próximo
desenha com a língua/imagem
Nomeas verdades e imprimes
no peito o olho que vê a onda na vida vivida/do ser
diverso que aspira no sonho só ser
sem queda
experimenta
afoito
as plumagens das asas
e como um Deus
voa
voa
voa
in fi ni ta men te
nas origens
em busca do meio... Do holomovimento... revoluções orbitais/cerebrais
nas sandálias do pescador cujo verbo amor
inspirou o imaginário na caverna
e nem minhas calças Lee anos 60 que guardei na memória do tempo azul
alimenta a biodiversidade nos mares-guia do porto além
de mim e de ti
o soplo
esse ar enamorado do silêncio dos campos girassois de Van Gogh
cuja lâmina a orelha invade
e mitifica a história mais uma vez
penso que não é preciso viver,
entretanto navegar sim... De Ícaro guardo o sonho!
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