sábado, 10 de dezembro de 2016

NAZARETH TUNHOLI ENTREVISTADA POR ESTUDANTES FUNDADORES DA A.E.A.C.- ACADEMIA ESTUDANTIL DE ARTE CONTEMPORÂNEA





OS ESTUDANTES QUE PARTICIPAM DA




                        DO MUSEU PÓS-MODERNO DE EDUCAÇÃO  ENTREVISTAM RENOMADOS ARTISTAS BRASILEIROS










ENTREVISTA A NAZARETH TUNHOLI POR ALUNOS DO CIEP 121-PROFº. JOADÉLIO CODEÇO-MARAMBAIA EM AULA DE PRODUÇÃO TEXTUAL E LÍNGUA PORTUGUESA DA PROFª VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES, EM 14/10/2016.

BEATRIZ DO NASCIMENTO GONÇALVES (TURMA 801/2016): Olá, porque você decidiu ser escritora?  Sente felicidade ao escrever?
NT:   Olá, Beatriz. Sinto felicidade, sim, ao escrever. Foi sempre assim comigo, desde que comecei a escrever as primeiras cartinhas para minha madrinha que morava em outra cidade. Na verdade, eu não decidi escrever, apenas fui escrevendo conforme tinha vontade. Meu gosto pela leitura também estimulou esta minha vontade de escrever.

JÚLIA MARINHO PINHEIRO MOTA (TURMA 801/2016): Quando houve interesse seu para trabalhar com cultura? Qual a importância da A.I.C. em sua vida? Por quê?
NT:   Júlia, um dia, eu li uma notícia num jornal que a Academia de Letras e Música do Brasil - ALMUB, com sede em Brasília, daria posse a novos membros. Então senti vontade de ingressar nessa academia. Enviei meu currículo mas me responderam que eu precisaria ser apresentada por um membro da ALMUB. Eu não conhecia ninguém de lá. Anos depois, conheci Palmerinda Donato, então secretária geral da entidade, que me indicou e eu pude ocupar uma cadeira. A partir daí, comecei a atuar nos eventos literários e fui gostando cada vez mais dessas atividades. Anos depois ingressei na Académie Internationale de Lutèce, Paris, e gostei muito do modelo daquela entidade. Foi quando tive a ideia de criar algo semelhante, com sede no Brasil. Li a respeito e resolvi criar a Academia Internacional de Cultura – AIC, a partir de um estatuto baseado na ideia do intercâmbio cultural entre nações, com vistas à união e à paz entre os povos. Isso foi em 1997.
A AIC é importante para mim, porque faz parte da minha história, como também, o evento “Cerimonial da Vida pela Paz”, em que é outorgado o título “Cidadão do Mundo pela Paz” a personalidades que se destacam nesse sentido. O projeto desse cerimonial é de minha autoria e eu o assino com um poema que tem o mesmo título.

NILMA DINIZ (Coordenadora da Sala de Leitura do CIEP 121/2016): Fale-nos um pouquinho sobre o “XI Encontro Internacional de Escritoras - Viva Cecília Meirelles – XI EIDE”, realizado em Brasília, que a Professora Vanda Salles também participou e disse-nos ter ficado encantada?
NT: Nilma, em 2012, fui convidada e aceitei participar do X EIDE, realizado no Panamá. Chefiei a delegação de Brasília, com 10 pessoas, entre escritoras e leitores. Como é de praxe, houve a eleição da próxima sede daquele congresso e, para minha surpresa, o Brasil ganhou e eu fui indicada para presidi-lo. Trabalhei por 2 anos ininterruptamente, com grande dificuldade para montar o XI EIDE, cuja data era próxima à da Copa do Mundo no Brasil. Consegui autorização, pela Lei Rouanet, para captar recursos entre os empresários, mas todos só tinham olhos para a Copa. Mesmo assim consegui realiza-lo e trazer a Brasília umas cem escritoras de várias partes do mundo, em 2014. O lema do nosso encontro foi o Cântico I, de Cecília Meireles: “Não queiras ter Pátria. / Não dividas a terra. / Não dividas o céu. / Não arranques pedaços ao mar. / Não queiras ter. / Nasce bem alto. / Que as coisas todas serão tuas. / Que alcançará todos os horizontes. / Que o teu olhar, estando em toda parte / Te ponha em tudo, / Como Deus.”

MILLENA DA SILVA RODRIGUES (TURMA 801/2016): Em que ou quem você se inspirou para fazer o primeiro poema de sua vida?  Por quê?
NT:  Olá, Millena. Meu primeiro poema, intitulado “Beleza”, focaliza a beleza interior e brotou dos meus primeiros contatos com as noções do certo e do errado, da compaixão e da amizade, adquiridas em família e na escola. Apesar de gostar de ler poemas de Castro Alves, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, eu não sofri influência deles, deixava a inspiração fluir apenas. Quando li Khalil Gibran, me encantei pela filosofia e devo ter sido inspirada por ele para escrever algumas páginas.

STHEPHANY SOUSA (TURMA 801/2016): Quando você compõe algum texto literário, você demora muito para terminá-lo? Sente orgulho do que faz?
NT: Sthephany, quando componho um texto, vou elaborando-o na cabeça e escrevendo, procurando a lógica do pensamento que estou desenvolvendo. Depois reviso a ortografia e a gramática, observo se precisa um tom mais poético, um sentido figurado ou uma forma nova de expor a minha mensagem. Não demoro a escrever. Gosto de completar o meu pensamento, com começo, meio e fim, podendo, depois, reler e modificar com o que achar melhor. Não sinto orgulho do que faço, mas sei que faço algo bom e agradeço a Deus pelo meu dom.

ANA CINTIA GOMES DA SILVA (TURMA 801/2016): Quantos livros publicados você tem e qual dos seus livros mais gosta? Por quê?
NT: Olá, Ana Cintia. Tenho 7 livros publicados e 4 antologias organizadas. Gosto de todos os livros mas sinto que vou gostar mais dos livros que ainda vou escrever nos próximos anos. Minha cabeça está sempre mudando em relação aos temas e às formas de praticar a arte literária. Penso em evoluir na clareza, na beleza e na forma mais curta de manifestar o meu pensamento, que quero manter na linha do autoconhecimento e dos caminhos para a felicidade. Na verdade, desejo que as minhas palavras frutifiquem, sendo importantes tanto para consolar quanto para estimular os meus leitores, ajudando-os a pensar.

JENNIFER DA SILVA GUERRA (TURMA 801/2016):  O que é poesia para você? E como seria viver sem poesia? A Professora Vanda Salles e nós alunos, estamos organizando a Academia Estudantil de Arte Contemporânea: você aceitaria fazer parte dela?
NT: Jennifer, poesia para mim é o encantamento do universo ao nosso redor. Algo que o poeta consegue captar com os olhos e com o coração. Poesia é a grata percepção de uma energia sutil que brota do que se vê ou do que se pensa e toca nossa emoção. Os poetas tomam essa percepção e a registram, em versos ou em prosa, num papel. Há até quem chame essa energia de “musa inspiradora”.
Gostaria de saber qual seria a minha participação na Academia Estudantil de Arte Contemporânea.

REGIS ANDERSON SARAIVA ARAUJO (TURMA 801/2016): O que você pensa sobre a Literatura Brasileira Contemporânea?  Quem você destacaria no panorama nacional?
NT: Regis, eu gosto muito do movimento literário da atualidade. Tenho até um estudo sobre a Hipermodernidade, tema de minha palestra no XI Encontro Internacional de Escritoras. Encanta-me o novo, o inusitado, formas diferentes de ver e de descrever a vida para um público que tem um cotidiano agitado e uma infinidade de informações que lhe chegam a toda hora. Entre os modernos vivos, posso citar: Carpinejar, Marta Medeiros, Lia Luft, Luis Fernando Verissimo, Elisa Lucinda, Mazé Carvalho, José Inácio Vieira de Melo, Cinthia Kriemler, entre outros.

KAREN C. DA SILVA (TURMA 801/2016):  Quando seus textos estão prontos que emoção você sente? Deixaria aqui, um poema?
NT: Sinto a mesma coisa que sente um artista plástico diante de seu quadro, uma costureira diante de um vestido que acabou de costurar, ou um cozinheiro quando faz uma deliciosa receita. Fico feliz. Deixo um haicai para vocês:
Não importa a idade,
todos podem reinventar
os sonhos perdidos.

RAYANNE PINTO DE JESUS (TURMA 801/2016): Como é ser Jornalista/ Diretora da Revista Capital? Qual o propósito da Revista?
NT:Rayanne, vida de jornalista não é fácil, exige muita dedicação, responsabilidade e atenção. Jornalista está sempre antenado, sintonizado em tudo o que acontece à sua volta. Gosto muito de ser jornalista, especialmente pelo fato de passar grande parte dos meus dias escrevendo.
Dirigir a Revista Capital me traz grande realização profissional. Através desse trabalho, tenho acesso a eventos importantes e a personalidades e acabo assumindo muitos compromissos.
O propósito da Revista Capital é divulgar matérias importantes e atuais, escritas por pessoas competentes. Também é mostrar um pouco de cultura e dar alguma dica de moda (no momento, temos uma estilista colaboradora que vive na Turquia e nos envia suas páginas por e-mail), é também cobrir eventos da Capital Federal.

LUCIENE DE OLIVEIRA (TURMA 801/2016): O que é ser escritora e/ou empresária para você em um momento tão crítico em nosso país?
NT: Luciene, num momento tão crítico como o que estamos atravessando, é necessário ter criatividade, bom senso, calma e visão. É em fases como esta que muita gente se dá bem. No meu caso, aqui em Brasília, algumas revistas encerraram atividades nos últimos anos, seja por não terem mais as cotas de publicidade dos governos, seja pelas dificuldades do comércio que não está fazendo propaganda, o fato é que ficou uma brecha e foi aí que inserimos a nossa revista. E incluímos novas propostas como a de cobrir eventos e trabalhar com temas do marketing pessoal. Está dando certo.

WELLERSON MARCO SILVA DE OLIVEIRA (TURMA 801/2016): Como você vê a questão do Feminicídio?
NT:Wellerson, isso é terrível. Assassinar alguém é chocante e toca profundamente as pessoas. Todos nós, homens e mulheres, somos pequenas criaturas perdidas no mundo à procura de nós mesmos, do amor e da felicidade. Precisamos de luz para nos tornarmos joias preciosas de Deus. Precisamos de proteção superior para nos mantermos firmes na jornada da vida, nos respeitando uns aos outros e seguindo a noções de educação recebidas. O ser humano precisa crescer num ambiente melhor e se proteger das influências nocivas que levam às drogas, à violência e à banalização das relações humanas.

JULIA DE BARROS (TURMA 801/2016): O que você pensa sobre Preconceito? Já sofreu bullying?
NT: Julia, os preconceitos machucam bastante as suas vítimas mas, ao mesmo tempo, podem estimular nessas pessoas, o instinto de superação que as levará a dar a volta por cima. Toda vez que fui menosprezada, sempre consegui mostrar, mais cedo ou mais tarde, quem realmente eu sou. Precisamos ter a certeza de quem nós somos. Sobre o bullying, eu penso que isso pega as pessoas desprevenidas e elas acabam se intimidando. Devemos ensinar às crianças que elas são pessoas legais e, a qualquer agressão discriminatória de colegas, o ridículo é quem aponta o dedo contra alguém. Acredito que a gente passa para os outros a ideia que cada um tem de si mesmo, portanto, trabalhando a auto estima da criança e colocando em sua cabeça uma forte noção de respeito humano, ela jamais será vítima de bullying nem vai ridicularizar colega algum.

FELIPE VIDAL (TURMA 801/2016): Você é uma pessoa religiosa ou de religiosidade? E isso é importante em sua vida? Por quê?
NT: Sou religiosa. Respeito todas as religiões. Procuro ter um compromisso religioso como tenho meus compromissos sociais, culturais e familiares. Isso é importante em minha vida porque a religião acrescenta coisas positivas aos nossos conhecimentos. Mesmo que eu sinta Deus quando respiro ou que eu veja Deus nos seres e elementos, diferente de como ensinam as igrejas, eu gosto de rezar junto com o pessoal que está lá rezando.

LIVIA MENDONÇA (TURMA 801/2016): Perguntando sobre seu Prólogo no livro que organizou “Sempre o Amor/Siempre el Amor (que sacada feliz e linda), pois contemplou a todos os participantes: Como foi a apresentação nos Estados Unidos?
NT: Muito obrigada, Livia. Foi gratificante compor o prefácio da antologia, tanto pelo seu tema, o amor romântico, quanto pela qualidade e diversidade dos trabalhos apresentados pelos autores, dos seguintes países: França, Itália, Equador, Argentina e Brasil. A apresentação desta antologia na Florida International Univesity, foi no âmbito do XII Encuentro Internacional de Escritoras, em Miami, e constou do programa do congresso. Num dos salões da universidade, escritoras de vários países (predominando os de língua hispânica) assistiram à minha exposição sobre a obra. Estavam presentes três escritoras argentinas que participam dessa antologia e eu convidei uma delas, Graciela Elda Vespa, para ler o seu poema intitulado “Un perfume de lilás”. Foi lindo!

CÁSSIA KETELY FILADELFO (TURMA 901/2016): Como se processa o seu trabalho criativo?   Criatividade é importante em sua profissão?
NT: Sim, Cássia, criatividade é ingrediente fundamental na minha profissão, seja para montar um projeto literário, como por exemplo, uma antologia, seja para realizar esse projeto e fazê-lo chegar ao público. A máxima do momento atual é a criatividade pois, para se conquistar um espaço em qualquer área, é preciso apresentar algo novo e diferente. Isso faz parte da competitividade com que nos deparamos hoje. Mas a criatividade não pode seguir isolada, ela precisa estar respaldada no conhecimento, por isso há a necessidade das pessoas lerem se atualizarem através das informações.
Para o meu trabalho criativo, eu me inspiro em quadros do cotidiano, episódios, sentimentos e no comportamento humano.

MURILO DA S. P. SEVERINO (TURMA 901/2016):  Como foi criar a sua primeira obra artística? Como foi a sua infância?  Lia muito?
NT: Murilo, a minha primeira obra artística foi o primeiro quadro que pintei, óleo sobre tela, a partir do curso de pintura que fiz com o artista plástico mais famoso da minha cidade natal, o Prof. Ciro Sodré, em São Mateus – ES. Foi muita alegria ver o quadro pronto e sentir que eu fui capaz de produzi-lo.
Minha infância foi assim, repleta de aprendizado. Meus pais me colocaram para aprender bordado, costura e pintura. Depois me mandaram para o internato do Colégio Maria Mattos, em Anchieta – ES, onde me dediquei à leitura e aprendi, além das lições escolares, a declamar poemas e a cantar... tínhamos aulas de canto, onde aprendíamos os hinos: Nacional, à Bandeira, da Independência, da Marinha, entre outros.

KATHIANE M. OLIVEIRA (TURMA 901/2016): Para você o que é o sucesso?  E o que é ser sucesso?
NT: Kathiane, o sucesso para mim, parece algo inatingível. Quando as pessoas pensam que você o alcançou, você acha que falta muito para chegar lá ou que talvez nunca chegará. Mas deve ser maravilhoso para alguém saborear o gosto do sucesso que alcançou, por exemplo, Airton Senna. Deve ser uma sensação espetacular.
Ser sucesso é uma responsabilidade muito grande pois a pessoa não pode decepcionar os olhares dos que o aplaudem. Tem de se manter firme e fiel ao objeto do seu sucesso, alimentando-o com a sua capacidade, competência e novos conhecimentos, ao longo dos anos, como o faz o cantor Roberto Carlos e o fez, o cirurgião plástico Ivo Pitanguy.

FERNANDO TENÓRIO C. SILVA (TURMA 901/2016): Como você se percebe na Cultura Brasileira?
NT: Fernando, na cultura brasileira, eu me percebo como muitos e muitos escritores brasileiros, que buscam se aprimorar e produzem livros com o melhor que podem fazer, aqueles que simplesmente divulgam seus trabalhos, sem esperar reconhecimento, nem fama, certos de que colherão os frutos que a sorte lhes proporcionar e os fãs que o seu trabalho conseguir conquistar.

GISELLA DA SILVA MEDEIROS (TURMA 901/2016): Como foi criar e dirigir a REVISTA CAPITAL? Alcançou os seus objetivos?
NT: Sim Gisella, tenho alcançado os meus objetivos com a produção da Revista Capital. Atualmente, eu edito, além da revista, também livros. Tenho as Edições Revista Capital. Muito, muito trabalho!
Bem antes de criar a Revista Capital, eu criei outros veículos de comunicação. Primeiro foi o Jornal Elite Notícias, que se transformou no Jornal Estilo Notícia, que se transformou na revista Estilo Capital. Treze anos depois foi que criei a Revista Capital.

ANA CLAUDIA RAIMUNDA MONTOSANE (TURMA 901/2016): Qual seria a palavra ou frase ou poema que deixaria para nós e/ou para as crianças e adolescentes do mundo?
NT: Ana Claudia, deixo aqui o final do meu poema Eterno:

Quanto mais cabeças voltadas
para verdades profundas,
maior respeito entre os seres,
amor próprio e universal.

Aportando na preservação
dos recursos naturais
veremos reluzir o tempo.

Vivamos, então,
conscientes e responsavelmente,
para que o existir  
seja um futuro sem fim.

RODRIGO CORREA ANTUNES (TURMA 901/2016): O que é Esperança para você? A vida é uma dádiva ou não?
NT: Rodrigo, a esperança é um combustível forte para que as pessoas sigam em frente, apesar das dificuldades da vida.  Muito triste quando alguém se desencanta, é preciso sonhar e correr atrás dos sonhos.
A vida é um presente preciosíssimo que ganhamos. É preciso cuidarmos bem dela já que através dela, temos uma existência inteira para sonharmos e buscarmos a realização desses sonhos.

PROFª VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES: Nazareth Tunholi, agradecida desde já por essa entrevista. Minha pergunta: Se você fosse Secretária de Educação ou Ministra da Educação no Brasil, quais seriam as prioridades a desenvolver? Por quê?
NT: A prioridade é garantir a segurança e a educação de crianças e jovens, oferecendo boas instalações escolares, professores bem formados e bem pagos, programa de ensino compatível com o mundo atual, cuidando para manter o interesse dos alunos pela escola, para preservá-los de todas as ameaças que rondam as novas gerações. São imprescindíveis as noções de Moral e Cívica, para que cresçam sabendo o que é dignidade, respeito, direitos e deveres, desenvolvendo o sentimento profundo de amor à Pátria.



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