Foto: Tuiuiú
NO BICO DO TUIUIÚ
Por: Vanda Lúcia da Costa Salles (Brasil)
no murmúrio das águas, o esforço do canto
onde palavras não cabem
ao espanto
súbito
do voo
para cada inseto que pula,
seixos adormecem nas margens.
alguma coisa destemida
não silencia ante o bico da ave
que baba
ousar é doutrina da vida,
se bem que no amarelo das flores
ou
nas raízes aquáticas das jiboias
dançam as ondinas e seus séquitos de luz
domingo, 30 de setembro de 2012
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
POESIA: NITERÓI... - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES
Foto: Niterói, por Vanda Lúcia da Costa Salles
NITERÓI - Do Leão e da Doralice
Vanda Lúcia da Costa Salles
A cidade sorria em festa.
fazia fita, mas
o burburinho espantava as moscas
do tédio
das sombras
das nuvens
dos prédios
das pernas apressadas nessa manhã de quarta-feira
em que obrigatoriamenteeeeeeeeeeeeeeeeee
paga-se-á
a receita
se não
o Leão
comerá todo o salário do trabalhador, ano que vem
haverá,
se Deus quiser,
a possibilidade e um samba no pé
pensava Lelé, enquanto
o Mané sacudia a cabeça, e
seguia o ritmo
e a Doralice gritava
"Quem vai? Quem vai? É 1,99, patrão!"
II
Escorregando-se da mão de sua mãe, a criança admirada
seguia
o cheiro de fritura de pastéis
III
A poética urbana, no centro
não incomodava a passagem da lavadeira e sua filha
nem quem seguia o apito das barcas que atracava
NITERÓI - Do Leão e da Doralice
Vanda Lúcia da Costa Salles
A cidade sorria em festa.
fazia fita, mas
o burburinho espantava as moscas
do tédio
das sombras
das nuvens
dos prédios
das pernas apressadas nessa manhã de quarta-feira
em que obrigatoriamenteeeeeeeeeeeeeeeeee
paga-se-á
a receita
se não
o Leão
comerá todo o salário do trabalhador, ano que vem
haverá,
se Deus quiser,
a possibilidade e um samba no pé
pensava Lelé, enquanto
o Mané sacudia a cabeça, e
seguia o ritmo
e a Doralice gritava
"Quem vai? Quem vai? É 1,99, patrão!"
II
Escorregando-se da mão de sua mãe, a criança admirada
seguia
o cheiro de fritura de pastéis
III
A poética urbana, no centro
não incomodava a passagem da lavadeira e sua filha
nem quem seguia o apito das barcas que atracava
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
POESIA: CAPIM DOURADO - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)
CAPIM DOURADO
Vanda Lúcia da Costa Salles (Brasil)
você dialogava
introduzindo a sua teoria
literária
quando o velho cacique
trançou o cocar
com seus dedos octogenário
e do capim dourado surgiu
a verdadeira história
da floresta
(Alcântara-São Gonçalo, 03 de setembro de 2012)
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