quarta-feira, 4 de julho de 2012
POESIA: RIO DE JANEIRO - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES
RIO DE JANEIRO
VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES
um sorriso um gosto e um quê dengoso
quando passeias por suas ruas e avenidas e praias; além de que
imaginar é tocar as estrelas, pensava se
moleque Machado de Assis caminhava lia escrevia, enquanto
vendia doces e tapiocas no Lavradio, Rio também é riso
no cotidiano translúcido de Lispector, musa epifânica
e se ...
e se...
em Copacabana a gente se assanha e vê golfinhos passeando nas marés
como se fosse um conto ímpar do João do Rio, porque
nem sempre as palavras cabem
e o pensamento significa consciência, porém
a obra prima
imprime vida a vida, e na beleza
há rima,
assim cantava o Vinicius de Moraes, em um sábado qualquer
mesmo sabendo que foi em uma quinta-feira
( ou seria quarta ? ),
que adormeceram Anisio - o Educador
De imediato,
a luz invade como se fosse a partícula de Deus - a consciência brota:
isso explicaria o baixo salário do professor?
A poética contemporânea é solar e azul,
ciber
ciber
ocêanica e a mim encanta. A ti mais ainda. Fascinada lês
a própria face, e se intriga tonta
com a enorme possibilidade de ultrapassar as pedras
como sugeria o Carlos Drummond de Andrade, porque sempre há
uma pedra no meio do caminho, mas
caminhar é o meio
e pernas é o que não faltam nas calçadas... E se elas passam, o aroma
fica
Ah! como é lindo esse Rio de Janeiro
espontâneo e casual
na maresia dos amantes enclausurados em beijos
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